Livros de Thomas Mann

Há pessoas as quais não é fácil conviver, mas que jamais se podem abandonar.

Sobre o Autor

Thomas Mann

Paul Thomas Mann (6 de junho de 1875 - 12 de agosto de 1955) foi um romancista alemão.

Melhores Livros de Thomas Mann

Mais frases de Thomas Mann

As estrelas não chegamos a cobiçar, a esperança... oh, a esperança tem sido a melhor coisa na vida.

A glória em vida é algo problemático: é aconselhável não se deixar deslumbrar por ela, muito menos estimular.

A solidão mostra o original, a beleza ousada e surpreendente, a poesia. Mas a solidão também mostra o avesso, o desproporcionado, o absurdo e o ilícito.

A felicidade do escritor é o pensamento que consegue transformar-se completamente em sentimento, é o sentimento que consegue transformar-se completamente em pensamento.

Sei que, frequentemente, os sinais e os símbolos exteriores, visíveis e tangíveis da sorte e da ascensão, só aparecem quando, na realidade, tudo já se põe de novo a declinar.

Aquilo a que chamamos felicidade consiste na harmonia e na serenidade, na consciência de uma finalidade, numa orientação positiva, convencida e decidida do espírito, ou seja na paz da alma.

Trago em mim o germe, o início, a possibilidade para todas as capacidades e confirmações do mundo.

Uma das situações da vida mais cheia de esperanças é aquela em que estamos tão mal que já não poderíamos estar pior.

Para o desesperado, a partida não parece menos impossível do que o retorno.

O escritor é um homem que mais do que qualquer outro tem dificuldade para escrever.

Ninguém alcança o que não possui de nascença, e o que te é estranho não o podes cobiçar.

O tempo tudo clarifica e não há estado de espírito que se mantenha inalterado com o passar das horas.

Velhice é passado que se tornou presente, é passado apenas recoberto de presente.

A gente só fica irritado e zangado com uma proposta quando não está muito seguro de poder resisitir-lhe e está intimamente tentado a aceitá-la

O amor é, sem dúvida alguma, uma espécie de nobre seletividade na esfera do sexo.

Tudo tem sido nada outrora, antes de chegar a ser alguma coisa.

Talvez se resumam nisso a própria juventude, a espontaneidade, a coragem e a profundeza da vida pessoal, a vontade e a faculdade de experimentar e viver com plena vitalidade a parte natural do ser.

Música e fala - insistia - deveriam andar unidas, eram no fundo, uma e a mesma coisa, a fala era música, a música um modo de falar.

Um professor é a personificada consciência do aluno; confirma-o nas suas dúvidas; explica-lhes o motivo de sua insatisfação e lhe estimula a vontade de melhorar.

Há pessoas as quais não é fácil conviver, mas que jamais se podem abandonar.

O mais extremo fervor dedica-se ao que é totalmente suspeito.

Certamente é bom que o mundo conheça apenas a obra bela e não as suas origens nem as condições em que foi gerada; pois o conhecimento das fontes de onde provém a inspiração para o artista causaria frequentemente perturbação e espanto, neutralizando assim os efeitos da excelência.

...perigo de crer que Deus desejasse que o Mal acontecesse, Deus não queria isso, nem tampouco que o Mal não fosse praticado, porém sem querer ou não querer, autorizava a realização do Mal, o que, na verdade, contribua para a perfeição do mundo. Não passaria, no entanto, de aberração asseverar que Deus admitia o Mal em prol do Bem.

Ser jovem quer dizer ser original, quer dizer conservar-se próximo das fontes da vida, quer dizer erguer-se e sacudir as amarras de uma civilização obsoleta, ousar o que outros não têm coragem de arriscar, e saber voltar a imergir no elementar.

Os fenômenos mais interessantes da vida têm provavelmente sempre esse aspecto duplo de passado e futuro; talvez sejam sempre progressivos e regressivos ao mesmo tempo. Revelam a ambiguidade da própria vida.

Uma verdade suscetível de intensificar as energias equivale a qualquer verdade esterilmente virtuosa.

...é preferível inspirar confiança ao mundo e não instigar as paixões dele. Bem melhor é que nos reputem bom e não belo!

As coisas, os acontecimentos, a felicidade, o amor e o sofrimento restariam frustados, se se conservassem mudos e a gente se limitasse a saboreá-los e experimentá-los.

O passado seria tolerável tão-somente para quem se sentir superior a ele, ao invés de ter de admirá-lo estupidamente, sob a noção da importância atual.

O típico nos deixa frios; apenas o que reputamos individual abala-nos violentamente.