Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade (1740 - 1814), escritor e aristocrata, marcado pela pornografia e pelo desprezo pelos valores morais.
...e que nada nem ninguém é mais importante do que nós próprios. E não devemos negar-nos nenhum prazer, nenhuma experiência, nenhuma satisfação, desculpando-nos com a moral, a religião ou os costumes.
Quem sabe se não teremos de ultrapassar muito a natureza para perceber o que ela nos quer dizer?
Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que ainda entendemos menos.
Não há paixão mais egoísta do que a luxúria.
É sem qualquer terror que eu vejo a desunião das moléculas da minha existência.
Só me dirijo às pessoas capazes de me entender, e essas poderão ler-me sem perigo.
A primeira lei que a natureza me impõe é gozar à custa seja de quem for.
Todo o universo poderia ser conduzido por uma única lei, se essa lei fosse boa.
Antes ser um homem da sociedade, sou-o da natureza.
A ideia de Deus é, confesso, o único erro que não posso perdoar ao homem.
Tudo é bom quando é excessivo.
A tolerância é a virtude do fraco.
As paixões humanas não passam dos meios que a natureza utiliza para atingir os seus fins.
O meu maior desgosto é que Deus, na realidade, não exista, privando-me assim do prazer de o insultar mais positivamente.
Quando o ateísmo quiser mártires, que o diga, o meu sangue está pronto.
Não há outro inferno para o homem além da estupidez ou da maldade dos seus semelhantes.