Livros de Karl Kraus

Sobre o Autor

Karl Kraus

Karl Kraus (28 de abril de 1874 - 12 de junho de 1936) foi um escritor e jornalista austríaco.

Melhores Livros de Karl Kraus

Muitos têm o desejo de me matar. Muitos, o desejo de ter dois dedos de prosa comigo. Daqueles a lei me protege.

O segredo do agitador consiste em parecer tão idiota quanto seus ouvintes, de modo que eles acreditem ser tão inteligentes quanto ele.

O mundo é uma prisão em que é preferível a solitária.

As mulheres pelo menos possuem cosméticos. Mas como o homem encobre o seu vazio?

O diabo é um otimista, se acha que pode tornar as pessoas piores do que já são.

Um poema só é bom enquanto não sabemos quem foi que o escreveu.

O vício e a virtude são parentes como o carvão e o diamante.

Educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos possuem.

O fraco fica em dúvida antes de tomar uma decisão; o forte, depois.

A cosmética é a doutrina do universo feminino.

Arte é aquilo em que o mundo se transformará, não aquilo que o mundo é.

Os artistas têm o direito de serem modestos e o dever de serem vaidosos.

Uma das causas mais comuns de todas as doenças é o diagnóstico.

As boas opiniões não têm valor. Depende de quem as tem.

Os alunos comem o que os professores digerem.

A mulher existe para que o homem se torne inteligente graças a ela.

O mundo é uma prisão em que é preferível a cela de isolamento.

A cultura é uma muleta com que o coxo bate no são para mostrar que também a ele não faltam as forças.

Nada é mais insondável do que a superficialidade da mulher.

O cientista não traz nada de novo. Só inventa o que tem utilidade. O artista descobre o que é inútil. Traz o novo.

Uma mulher é, às vezes, uma alternativa satisfatória à masturbação. Claro que ela exige muito mais imaginação da nossa parte.

A diplomacia é um jogo de xadrez em que os povos levam xeque-mate.

Um aforismo não deve necessariamente ser verdadeiro, mas deve superar a verdade.

Quem sabe escrever aforismos não deveria dispersar-se em ensaios.

A carreira é um cavalo que chega à porta da eternidade sem cavaleiro.

O mal nunca prospera melhor do que quando lhe põem um ideal à frente.

Não há gratidão para com a técnica. Só inventando-a.

Só seria uma guerra como deve ser se apenas os inaptos fossem mandados para ela.

O ciúme é um latido que atrai os ladrões.

A guerra, a princípio, é a esperança de que a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de que o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver que o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se ferrou.