Livros de Joaquim Nabuco

A oposição será sempre popular; é o prato servido à multidão que não logra participar no banquete.

Sobre o Autor

Joaquim Nabuco

Joaquim Nabuco ou Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, nasceu em 19 de Agosto de 1849 em Pernambuco, faleceu em 17 de Janeiro de 1910 em Washington, DC.Filho de um rico jurista e político baiano, José Thomaz Nabuco de Araújo, que se radicou no Recife

Melhores Livros de Joaquim Nabuco

Mais frases de Joaquim Nabuco

O gênio sem paixão é o asceta da poesia, não é o poeta.

Não há fealdade na natureza. Ela só existe nos nossos olhos.

Evitai de vos observar ao microscópio. Bons olhos, sem vidros, voltados para o que vos cerca é quanto basta.

O pensamento, apesar de tudo, é uma esterilização. Não há perigo de que ele venha, algum dia, a triunfar sobre a natureza, que é a vida.

Os invejosos invejam-se reciprocamente.

A oposição será sempre popular; é o prato servido à multidão que não logra participar no banquete.

Há máquinas de felicidade dispendiosas, que funcionam com enorme desperdício, e há outras económicas, que, com as migalhas da sorte, criam alegria para uma existência inteira.

O reinado da mulher talvez venha um dia a ser realidade, mas será precedido por uma greve geral do amor. O sexo que suportar por mais tempo essa inactividade acabará por triunfar sobre o outro.

A consciência é o último ramo da alma que floresce; só dá frutos tardios.

Uma das maiores burlas dos nossos tempos terá sido o prestígio da imprensa. Atrás do jornal, não vemos os escritores, compondo a sós o seu artigo. Vemos as massas que o vão ler e que, por compartilhar dessa ilusão, o repetirão como se fosse o seu próprio oráculo.

O que constitui o génio e a invenção de uma época ficará sendo a técnica, o lugar-comum, de outra. Uma onda de ideias novas, de frases bem cunhadas, que muito custaram aos seus autores, entra diariamente em circulação, e depressa se torna o palrar inconsciente dos iletrados.

Parece pretensioso o uso do «eu»; no entanto a forma pessoal é a única que exclui toda a pretensão. Quem a emprega traduz impressões recebidas, não emite sentenças, mas quem se veda o uso do «eu», constitui-se forçosamente num oráculo.