Renomado escritor brasileiro, que também trabalhou como médico e diplomata. Suas principal obra, Grande Sertão: Veredas, é considerada um marco em virtude da linguagem inovadora utilizada.
Vou ensinar o que agorinha eu sei, demais: é que a gente pode ficar sempre alegre, alegre, mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. A gente deve de poder ficar então mais alegre, mais alegre, por dentro.
Reze e trabalhe, fazendo de conta que esta vida é um dia de capina com sol quente, que às vezes custa muito a passar, mas que sempre passa. E você ainda pode ter um muito pedaço bom de alegria (...) Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua. (Guimarães Rosa)
Significa que posso não ter muito conhecimento e/ou experiência, porém desconfio de como as coisas sucedem já que possuo imaginação. (Riobaldo - Grande Sertão: Veredas)
O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam e desafinam.
Sem malícia, com paciência, sem insistência, principalmente.
Sempre vem imprevisível o abominoso? Ou: os tempos se seguem e parafraseiam-se. Deu-se a entrada dos demônios.
Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e Jó Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se.
Quem desconfia fica sábio.
O que leva o homem para as más ações estranhas, é estar diante do que é seu, por direito, e não sabe...Não sabe...Não sabe...
Eu sou é eu mesmo, divêrjo de todo mundo. Eu quase que não sei de nada, mas desconfio de muita coisa.
( ) Alegre, embora física e metafisicamente só, sentia o universo. Chovia-se-lhe.
Posso me esconder de mim?
Narrei ao senhor. No que narrei, o senhor talvez até ache mais do que eu, a minha verdade. Fim que foi. Aqui, a estória se acabou. Aqui, a estória acabada. Aqui, a estória acaba.
É e não é. O senhor ache e não ache. Tudo é e não é.
Afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo, já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte.
Eu eu? Eu eu?
O fato se dissolve. As lembranças são outras distâncias. Eram coisas que paravam já, à beira de um grande sono. A gente cresce sempre, sem saber para onde.
Vou ensinar o que agorinha eu sei, demais: é que a gente pode ficar sempre alegre, alegre, mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. A gente deve de poder ficar então mais alegre, mais alegre, por dentro.
O correr da vida embrulha tudo; a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, e ainda mais alegre no meio da tristeza...
A culpa minha, maior, é meu costume de curiosidade
de coração. Isso de estimar os outros, muito ligeiro,
defeito esse que me entorpece
Julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado.
As coisas mudam no devagar depressa dos tempos.
A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.
Sigo à risca.
Me descuido e vou Quebro a cara.
Quebro o coração.
Tropeço em mim.
Me atolo nos cinco sentidos.
Se a gente puder ir devagarinho como precisa, e ninguém não gritar com a gente para ir depressa demais, então eu acho que nunca que é pesado.
Tudo é real,por que tudo é inventado.
A vida é feita de poucas certezas e muitos dar-se um jeito.
O rio não quer chegar a lugar algum, só quer ser mais profundo
Rezar muito e ter fé. Porque as coisas estão todas amarradinhas em Deus.