Livros de Francisco Quevedo

Sobre o Autor

Francisco Quevedo

Francisco Gómez de Quevedo y Santibáñez Villegas (Madrid, 17 de Setembro de 1580 -Villanueva de los Infantes (Ciudad Real), 8 de Setembro de 1645) foi um escritor do século de ouro espanhol.

Melhores Livros de Francisco Quevedo

A inveja e assim tão magra e palida porque morde e não come.

Causam menos danos cem delinquentes do que um mau juiz.

Não há perda maior do que apartarmo-nos de Deus, nem maior ganho do que voltarmos para Ele.

O maior ladrão não é o que rouba por nada ter, mas o que tendo dá morte, para roubar mais.

Cada homem é uma variedade da sua espécie.

Feliz serás e sábio terás sido se a morte, quando vier, não te puder tirar senão a vida.

Se fazes o bem para que te o agradeçam, negociante és, não benfeitor; cobiçoso, não caritativo.

Nunca melhora o seu estado quem muda só de lugar mas não de vida e hábitos.

O valente tem medo do seu adversário; o covarde tem medo do seu próprio temor.

Muito transforma-se em pouco se se deseja um pouco mais.

A honestidade é uma cor delicada, que teme o ar.

Todas as coisas estão sujeitas a leis; apenas a necessidade livre carece de lei.

O nascer não se escolhe e não é culpa nascer do ruim, e sim imitá-lo; e é culpa maior nascer do bom e não imitá-lo.

O maior inimigo do bem é outro bem maior.

São curtos os limites que separam a resignação da hipocrisia.

O avarento mais preferiria que o sol fosse de ouro para o cunhar, do que ter luz para ver e viver.

Quem julga pelo que ouve e não pelo que entende, é orelha e não juiz.

Tem-se visto e vêem-se homens que na pobreza são ricos, na perseguição joviais e no desprezo estimados, porém, poucos se contam na boa fortuna ponderados.

O gosto de contentar um amigo é um demónio tentador.

O que se aprende na juventude dura a vida inteira.

Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.

Disse algum mal de ti? Não o digas tu dele, quanto mais não seja para que a ele não te assemelhes, imitando-o.

Aquele que perde a reputação pelos negócios, perde os negócios e a reputação.

É próprio das grandes almas desprezar grandezas e almejar mais o médio do que o muito.

Virtude invejada é duas vezes virtude.

Pode haver punhalada sem lisonja, mas não lisonja sem punhalada.

A inveja é assim tão magra e pálida porque morde e não come.

Das mulheres, como das outras coisas, usa; não te fies, porém, nelas.