Livros de Camilo Castelo Branco

Sobre o Autor

Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco (n. Lisboa, 16 de Março de 1825 - f. São Miguel de Seide, 10 de Junho de 1890) foi um escritor português.

Melhores Livros de Camilo Castelo Branco

Ninguém sente em si o peso do amor que se inspira e não comparte. Nas máximas aflições, nas derradeiras do coração e da vida, é grato sentir-se amado quem já não pode achar no amor diversão das penas, nem soldar o último fio que se está partindo. Orgulho ou insaciabilidade do coração humano, seja o que for, no amor que nos dão é que nós graduamos o que valemos em nossa consciência..

Ninguém é pobre quando ama.

Não há metade do coração. Ou todo o amor ou toda a indiferença; quando não, é uma insustentável impostura, chamada estima.

A caridade é a felicidade dos que dão e dos que recebem.

Um verdadeiro amor é segunda inocência.

A verdadeira lei do progresso moral é a caridade.

O arrependimento inventa carinhos novos, e a inocência parece vingar-se, perdoando, e sorrindo ao algoz, que exora o perdão com lágrimas.

A caridade é a felicidade dos que dão e dos que recebem.

Ninguém sente em si o amor que inspira e não comparte.

A maior alma é sempre insignificante ao pé da pequeníssima alma em cuja dependência está.

Entre namorar e amar, está o reflectir.

O amor, que vem procurado como sensação necessária à felicidade da vida, perde dois terços da sua embriagante doçura; porém, o amor inesperado, impetuoso e fulminante, esse é um abrir-se o céu a verter no peito do homem todas as delícias puras que não correm perigos de empestarem-se em contato com as da terra.

O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.

O melhor amigo é o dinheiro. Conselhos, os melhores é o dinheiro que os dá.

A paciência é a riqueza dos infelizes.

O amor nascente é tão melindroso, pueril e tímido, que receia desagradar até com o pensamento ao ídolo da sua concentrada adoração.

A morte emenda todos os atos da vida.

O amor, que não perde nem desvaira, esse é que é o amor.

Amigo é uma palavra profanada pelo uso e barateada a cada hora, como a palavra de honra, que por aí anda desvirtualizando a honra.

A beleza é o poder moderador dos delitos do coração.

Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.

Ao pé de um bom estômago coincidiu sempre uma boa alma.

Amigos verdadeiros são os que nos acodem inopinados com valedora mão nas tormentas desfeitas.

Depois do céu, quem mais pasmosos milagres faz é o amor.

O ciúme vê com lentes, que fazem grandes as coisas pequenas, gigantes os anões, verdades as suspeitas.

A felicidade é parecida com a liberdade, porque toda a gente fala nela e ninguém a goza.

Em coisas insignificantes é que um verdadeiro amigo se avalia.

Viver é ansiar a felicidade possível e a impossível.

Os dias prósperos não vêm por acaso. Nascem de muita fadiga e muitos intervalos de desalento.

A castidade, além de ser em si e virtualmente uma coisa boa, tem ignorâncias anatómicas e inconscientes condescendências com as impurezas alheias.