Enquanto protelamos a vida passa por nós a correr.
Útil é ao mancebo amar, indecoroso ao velho.
Trabalha como se vivesses para sempre. Ama como se fosses morrer hoje.
Quem vive na tranquilidade, que seja mais ativo; quem vive na atividade deve encontrar tempo para descansar. Segue a natureza: ela te lembrará que fez o dia e a noite.
Os vícios de outrora são os costumes de hoje.
A mulher ou ama, ou odeia; com ela não há uma terceira hipótese.
As coisas não são elogiadas porque são desejáveis, mas desejadas porque são elogiadas.
A vantagem é recíproca, pois os homens, enquanto ensinam, aprendem.
Se é mesmo verdade o que os sábios nos dizem e se existe um lugar que nos acolhe (depois da morte), talvez o amigo que acreditamos extinto tenha apenas nos precedido.
Existe muita diferença entre uma vida tranquila e uma vida ociosa.
Infeliz é o espírito ansioso pelo futuro.
O lazer sem as belas-letras é como a morte e a sepultura do homem vivo.
É grande quem usa vasos de argila como se fossem de prata, mas não é inferior quem usa vasos de prata como se fossem de argila. Uma alma fraca não sabe suportar a riqueza.
Cada um é tão infeliz quanto acredita sê-lo.
Acredita na sua fidelidade: farás com que seja fiel.
Nunca ninguém enriqueceu com dinheiro.
A glória é a sombra da virtude, e acompanhá-la-á sempre, mesmo se esta não quiser. Mas, assim como a sombra ora precede, ora segue os corpos, a glória às vezes mostra-se visível à nossa frente, outras vezes, vem atrás de nós.
Evitamos a inveja se guardarmos as alegrias para nós próprios.
Alguns cessam de viver antes de começar a viver.
Tudo o que é enraizado e congénito pode ser atenuado pela educação, mas não vencido.
Uma ira desmedida acaba em loucura; por isso, evita a ira, para conservares não apenas o domínio de ti mesmo, mas também a tua própria saúde.
O início da salvação é o conhecimento da culpa.
Este é o único motivo pelo qual não nos podemos queixar da vida: ela não segura ninguém.
O trabalho é o alimento das almas nobres.
O importante é viver bem, não viver por muito tempo; e muitas vezes vive bem quem não vive muito.
Não temos de nos preocupar em viver muito tempo, mas em viver em pleno.
Não é da morte que temos medo, mas de pensar nela.
A ignorância, ou melhor, a demência humana é tão grande que alguns são levados à morte justamente pelo medo da morte.
A economia por si só é uma grande fonte de receitas.
Os vícios: é mais fácil desarraigá-los do que refreá-los.