Livros de René Descartes

É propriamente não valer nada não ser útil a ninguém.

Sobre o Autor

René Descartes

René Descartes (31 de Março de 1596 - 09 de Fevereiro de 1650) Filósofo, físico e matemático francês, por vezes chamado de "fundador da filosofia moderna" e "pai da matemática moderna".

Melhores Livros de René Descartes

Mais frases de René Descartes

Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel.

A leitura de todos os bons livros é uma conversação com as mais honestas pessoas dos séculos passados.

Basta ajuizar bem para bem fazer, e julgar o melhor que nos seja possível para fazermos também o nosso melhor.

Não basta termos um bom espírito, o mais importante é aplicá-lo bem.

Quando se tem demasiada curiosidade acerca das coisas que se faziam nos séculos passados, fica-se quase sempre na grande ignorância das que têm lugar no presente.

Tomei a decisão de fingir que todas as coisas que até então haviam entrado na minha mente não eram mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos.

Apenas desejo a tranquilidade e o descanso, que são os bens que os mais poderosos reis da terra não podem conceder a quem os não pode tomar pelas suas próprias mãos.

Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.

É propriamente não valer nada não ser útil a ninguém.

Os homens que se emocionam com as paixões são capazes de ter mais doçura na vida.

A filosofia que cultivo não é nem tão bárbara nem tão inacessível que rejeite as paixões; pelo contrário é só nelas que reside a doçura e felicidade da vida.

Quase nunca me fio nos primeiros pensamentos que me vêm à mente.

Quando gastamos tempo demais a viajar, tornamo-nos estrangeiros no nosso próprio país.

Não há nada que dominemos inteiramente a nao ser os nossos pensamentos.

As paixões são todas boas por natureza e nós apenas temos de evitar o seu mau uso e os seus excessos.

Apenas compete aos soberanos, ou aos que por eles são autorizados, regular os costumes alheios.

Despreza-se um homem que tem ciúmes da mulher, porque isso é testemunho de que ele não ama como deve ser, e de que tem má opinião de si próprio ou dela.

Hoje, não poderia conceder demais à minha desconfiança, visto que, agora, não é tempo de agir, mas apenas de meditar e de conhecer.

Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que a tem de sobra.

Mesmo os mais perfeitos espíritos terão necessidade de dispor de muito tempo e atenção.

Ninguém pode conceber tão bem uma coisa e fazê-la sua, quando a aprende de um outro, em vez de a inventar ele próprio.

Divide as dificuldades que tenhas de examinar em tantas partes quantas for possível, para uma melhor solução.

Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir.

Quando se é demasiado curioso de coisas praticadas nos séculos passados, é comum ficar-se ignorante das que se praticam no presente.

O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm.

Nada é mais justamente distribuído que o senso comum: ninguém pensa que precisa mais do que realmente já tenha

A filosofia é a que nos distingue dos selvagens e bárbaros; as nações são tanto mais civilizadas e cultas quanto melhor filosofam seus homens.

Humanamente não existe um ser que seja feliz sem que o outro também seja

Humanamente não existe um ser feliz sem que o outro também seja

Não há nada tão equitativamente distribuído no mundo como a inteligência: todos estão convencidos de que têm o suficiente.

Penso, logo existo...

Daria tudo que sei pela metade do que ignoro.

Deve-se evitar toda precipitação e todo o preconceito ao se analisar um assunto e só ter por verdadeiro o que for claro e distinto.

As maiores almas são tanto capazes dos maiores vícios como das maiores virtudes.

A razão ou o juízo é a única coisa que nos faz homens e nos distingue dos animais.

Se você for uma pessoa que busca realmente a verdade, é necessário que ao menos uma vez na vida duvide de todas as coisas, da maneira mais profunda possível.

Não é sufciente ter uma boa mente: o principal é usá-la bem.

Não há nada no mundo que esteja melhor distribuido do que a RAZÃO: toda a gente está convencida de que a tem de sobra.

Pensarei que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons, e todas as coisas exteriores que vemos não passam de ilusões e enganos de que ele [um deus enganador] só serve para surpreender minha credulidade. Considerar-me-ei a mim mesmo com não tendo mãos, nem olhos, nem carne, nem sangue, como não tendo nenhum dos sentidos, mas acreditando falsamente possuir todas essas coisas. Permanecerei obstinadamente apegado a esse pensamento; e se por esse medo, não estiver em meu poder atingir o conhecimento de nenhuma verdade, pelo menos estará em meu poder fazer a suspensão de meu juízo [...] Posso duvidar de tudo, mas tenho certeza de que estou aqui, pensando, duvidando. Sou um ser que duvida, que pensa.

A leitura de todos bons livros é como uma conversa com os melhores espíritos dos séculos passados , que foram seus autores , e é uma conversa estudada , na qual eles nos revelam seus melhores pensamentos

Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, tanto quanto das maiores virtudes, e os que só andam muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho reto, do que aqueles que correm e dele se distanciam.

toda a filosofia é como uma árvore, cujas raízes são formadas pela metafísica, o tronco pela física e os ramos que saem deste tronco, constituem todas as outras ciências que, ao cabo se reduzem a três principais: a medicina, a mecânica e a moral (...). (Princípios de Filosofia.)

Métodos racionais O primeiro método era o de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que não se apresente tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida. O segundo método era o de dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro método era o de conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros. O quarto método era o de fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.

Retive-me numa caverna onde, não encontrando nenhuma conversa que me distraísse, e não tendo, aliás felizmente, nenhuma preocupação nem paixão que me perturbasse, ficava o dia inteiro sozinho fechado num cômodo aquecido, onde tinha bastante tempo disponível para entreter-me com meus pensamentos.