Só o cinismo redime um casamento. É preciso muito cinismo para que um casal chegue às bodas de prata.
Só o inimigo não trai nunca.
Todo ginecologista devia ser casto. O ginecologista devia andar com batina, sandálias e coroinha na cabeça. Como um São Francisco de Assis, com luva de borracha e um passarinho em cada ombro.
O brasileiro não está preparado para ser o maior do mundo em coisa nenhuma. Ser o maior do mundo em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade.
O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda.
A mulher ideal deve ser dama na mesa e puta na cama.
O jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um - O da imaturidade .
Não reparem que eu misture os tratamentos de tu e você. Não acredito em brasileiro sem erro de concordância
Se Cristo, em vez de morrer na cruz, tivesse morrido de coqueluche aos quatro anos,não teria sido Cristo!
Os herois morrem em combate. Não da tempo ao destino de fraga-los na cama ou na cadeira de balanço!
“Falam de tudo. Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzisses, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos. Sobretudo falam do comportamento e falam porque supõem saber. Mas não sabem, porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente. Se sentissem não falariam.”
Falam de tudo. Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzisses, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos. Sobretudo falam do comportamento e falam porque supõem saber. Mas não sabem, porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente. Se sentissem não falariam.
Nas situações de rotina, um `pó-de-arroz pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas.
Ah, os nossos libertários! Bem os conheço, bem os conheço. Querem a própria liberdade! A dos outros, não. Que se dane a liberdade alheia. Berram contra todos os regimes de força, mas cada qual tem no bolso a sua ditadura.
Os herois morrem em combate. Não da tempo ao destino de fraga-los na cama ou na cadeira de balanço!
“Via de regra, cada um de nós morre uma única e escassa vez. Só o ator e reincidente. O ator ou a atriz pode morrer todas as noites e duas vezes aos sábados e domingos.”
Começava a ter medo dos outros. Aprendia que a nossa solidão nasce da convivência humana.