Khalil Gibran

Célebre escritor libanês que fez carreira dos EUA, escrevendo diversos livros em árabe e em inglês. Também se dedicou ao mundo das artes, expondo suas obras em Boston, NY e Paris.
Frases e Pensamentos
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"Quando vosso amigo expressa o pensamento,
não temais o não de vossa própria opinião,
nem prendais o sim.
E quando ele se cala, que vosso coração
continue a ouvir o coração dele...
...Quando vos separais de vosso amigo,
não vos aflijais.
Pois o que amais nele
pode tornar-se mais claro na sua ausência,
como para o alpinista a montanha
aparece mais clara, vista da planicie."
"A consciência de uma planta no meio do inverno não está voltada para o verão que passou, mas para a primavera que irá chegar. A planta não pensa nos dias que já foram, mas nos que virão. Se as plantas estão certas de que a primavera virá, por que nós os humanos não acreditamos que um dia seremos capazes de atingir tudo o que queríamos?"
Khalil Gibran"Sim, conheci vossas alegrias e vossas mágoas, e quando dormíeis, vossos sonhos eram meus sonhos
E muitas vezes estive entre vós como um lago no meio das montanhas
Breves foram meus dias entre vós e mais breves ainda as palavras que pronunciei.
Mas se um dia minha voz se desvanecer em vossos ouvidos, e se meu amor se evaporar da vossa memória então voltarei a vós!
Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.
Os corações que as tristezas unem permanecem unidos para sempre. O laço da tristeza é mais forte que o laço da alegria. E o amor que as lágrimas lavam torna-se eternamente puro e belo.
As árvores são poemas que a terra escreve para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio.
Muitas mulheres ocupam o coração de um homem; poucas chegam a apropriar-se dele.
Asas Partidas
O amor é a única flor que desabrocha sem a ajuda das estações.
Pois as distâncias não existem para a recordação; e somente o esquecimento é um abismo que nem a voz nem o olho podem atravessar.
O amigo é a resposta aos teus desejos. Mas não o procures para matar o tempo! Procura-o sempre para as horas vivas. Porque ele deve preencher a tua necessidade, mas não o teu vazio.
A música é a linguagem dos espíritos.
Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: Está em nossas lágrimas e no mar.
A consciência de uma planta no meio do inverno não está voltada para o verão que passou, mas para a primavera que irá chegar. A planta não pensa nos dias que já foram, mas nos que virão. Se as plantas estão certas de que a primavera virá, por que nós os humanos não acreditamos que um dia seremos capazes de atingir tudo o que queríamos?"
"Ainda ontem pensava que não era mais do que um fragmento trêmulo sem ritmo na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera, e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.
Eles dizem-me no seu despertar:
Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia sobre a margem infinita de um mar infinito.
E no meu sonho eu respondo-lhes:
Eu sou o mar infinito, e todos os mundos não passam de grãos de areia sobre a minha margem.
Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
Quem és tu? "
"Quando o amor acenar,
siga-o ainda que por caminhos
ásperos e íngremes.
Debulha-o até deixá-lo nu.
Transforma-o,
livrando-o de sua palha.
Tritura-o,
até torná-lo branco.
Amassa-o,
até deixá-lo macio;
e,então,submete ao fogo
para que se transforma em pão
para alimentar o corpo e o coração!"
"O Profeta
Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão:
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas.
Encheis a taça um do outro, mas não bebais na mesma taça.
Dai de vosso pão um ao outro, mas não comais do mesmo pedaço.
Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de vos estar sozinho,
Assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia.
Dai vossos corações, mas não confieis a guarda um do outro.
Pois somente a mão da vida pode conter nossos corações.
E vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia;
Pois as colunas do templo erguem-se separadamente,
E o carvalho e o cipreste não crescem a sombra um do outro."
"Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas quando parte, nunca vai só nem nos deixa a sós. Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada."
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Biografia
Gibran Kahlil Gibran nasceu em janeiro de 1883, no Líbano. Em 1894 foi para os Estados Unidos, juntamente com a mãe, o irmão e duas irmãs. Foi aí que passou a adotar a grafia mais simples de Khalil Gibran.
Retornou ao Líbano quatro anos depois, para completar seus estudos árabes. Lá permaneceu até 1902, quando retornou para os EUA.
Nessa época, escreveu poemas e meditações para um jornal árabe publicado em Boston, chamado Al-Muhajer (O Emigrante). Além disso, dedica-se à pintura e uma exposição de seus quadros desperta o interesse de Mary Haskell, uma diretora de escola americana. Mary oferece a Gibran custear seus estudos de artes em Paris.
Então, entre 1908 e 1910, Gibran estudou e trabalhou em Paris. Conheceu, inclusive, o artista Auguste Rodin. Em 1910, uma de suas telas é escolhida para a Exposição de Belas Artes. Foi nesse período também que o autor escreveu algumas de suas obras, como A Música, de 1905; As Ninfas do Vale, de 1906 e Espíritos Rebeldes, de 1908, escritos em árabe.
Posteriormente, foram escritos: Asas Partidas, de 1912; Uma Lágrima e um Sorriso, de 1914; A Procissão, de 1919 e Temporais, de 1920.
Mas, a partir de 1918, Gibran passa a escrever mais em inglês, escrevendo mais alguns livros nessa língua: O Louco, de 1918; O Precursor, de 1920; O Profeta, de 1923; Areia e Espuma, de 1927; Jesus, o Filho do Homem, de 1928 e Os Deuses da Terra, de 1931.
Apesar da dedicação aos livros, Gibran não deixou de lado o desenho e a pintura. Todos os seus livros escritos em inglês foram ilustrados pelo autor e seus quadros foram expostos em Boston e Nova York.
O escritor e pintor faleceu em 1931, em Nova York, após uma crise pulmonar.
Os livros O errante, O jardim secreto do Profeta e Curiosidades e Belezas foram lançados após a sua morte.