Livros de Gaston Bachelard

Sobre o Autor

Gaston Bachelard

Gaston Bachelard (27 de junho de 1884, em Bar-sur-Aube, França – 16 de outubro de 1962, em Paris, França) foi um poeta e filósofo francês.

Melhores Livros de Gaston Bachelard

É preciso que cada um se empenhe em destruir em si mesmo tais convicções não discutidas. É preciso que cada um aprenda a escapar da rigidez dos hábitos de espírito formados ao contato das experiências familiares. É preciso que cada um destrua, mais cuidadosamente ainda que suas fobias, suas filias, suas complacências com as instituições primeiras

Os eixos da ciência e da poesia são a princípio inversos. Tudo o que a filosofia pode esperar é tornar a poesia e a ciência complementares, uni-las como dois contrários bem feitos. É preciso, portanto, opor ao espírito poético expansivo o espírito científico taciturno, para o quela a antipatia prévia é uma saudável precaução.

Basta falarmos de um objeto para nos acreditarmos objetivos. Mas, por nossa primeira escolha, o objeto nos designa mais do que o designamos, e o que julgamos nossos pensamentos fundamentais são amiúdes confidências sobre a juventude do nosso espírito. Ás vezes nos maravilhamos diante de um objeto eleito; acumulamos hipóteses e os devaneios; formamos assim convicções que tem a aparência de um saber. Mas a fonte inicial é impura: a evicência primeira não é uma verdade fundamental. De fato a objetividade científica só é possível se inicialmente rompemos com o objeto imediato, se recusamos a sedução da primeira esolha, se detemos e refutamos os pensamentos que nascem da primeira observação. Toda objetividade, devidamente verificada, desmente o primeiro contao com o objeto.

Ainda existem almas para as quais o amor é o contato de duas poesias, a fusão de dois devaneios.

Conheço uma tristeza com cheiro de abacaxi, sou menos triste,sou mais docemente triste

Para ensinarmos um aluno a inventar precisamos mostrar-lhe que ele já possui a capacidade de descobrir

Imaginar é aumentar o real em um tom.

Face á realidade, o que julgamos saber claramente ofusca o que deveríamos saber.

A imaginação não é mais do que a pessoa arrebatada nas coisas.

Compreendemos a natureza resistindo-lhe.

O real não é nunca aquilo em que se poderia acreditar, mas é sempre aquilo em que deveríamos ter pensado.

O homem é a criação do desejo e não a criação da necessidade.

O pensamento puro deve começar por uma recusa da vida. O primeiro pensamento claro, é o pensamento do nada.

A conquista do supérfluo provoca uma excitação espiritual superior à conquista do necessário.

Não há uma verdade fundamental, apenas há erros fundamentais.

Com os seres vivos, parece que a natureza se exercita no artificialismo. A vida destila e filtra.

Todo o conhecimento é uma resposta a uma pergunta.

Quem acha sem procurar é quem longamente buscou sem encontrar.