Livros de Clarice Lispector

Sobre o Autor

Clarice Lispector

Clarice Lispector (1920 - 1977), escritora brasileira de origem judia nascida na Ucrânia

Melhores Livros de Clarice Lispector

Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo; se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz.

Dor não tem nada a ver com amargura. Acho que tudo que acontece é feito pra gente aprender cada vez mais, é pra ensinar a gente a viver. Desdobrável. Cada dia mais rica de humanidade.

Sou sempre eu mesma.Mas não serei a mesma para sempre

É estranho sentir saudade de algo o qual mal vivi ou evitava viver

Eu não sou uma sonhadora. Só devaneio para alcançar a realidade.

O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado

Se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente. (Uma galinha - Laços de familia)

Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre.

Fiz quase tudo certo. Errei quando coloquei sentimento.

E não caminharei de pensamento a pensamento, mas de atitude a atitude.

Quando me traíram ou me assassinaram, quando alguém foi embora para sempre, ou perdi o que de melhor me restava, ou quando soube que vou morrer - eu não como. Não sou ainda esta potência, esta construção, esta ruína. Empurro o prato, rejeito a carne e seu sangue.

Não me prendo a nada que me defina. Sou companhia mas posso ser solidão, tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. Música alta e silêncio. Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser. Não me limito, não sou cruel comigo! Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer.

Nunca deixe de fazer algo de bom que o seu coração pede… O tempo pode passar e a oportunidade também… Não esqueça que: Meta, a gente busca. Caminho, a gente acha. Desafio, a gente topa. Vida, a gente enfrenta. Saudade, a gente mata. Sonho, a gente realiza…

Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo.

Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOAR.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

Ela era muito satisfatona: tinha tudo o que seu pouco anseio lhe dava. E havia nela um desafio que se resumia em: ninguém manda em mim.

Amor é achar bonito uma bota, amor é gostar da cor rara de um homem que não é negro, amor é rir de amor a um anel que brilha.

É preciso que se saiba. Que a vida é curta. A vida é curta.

A crueza do mundo era tranquila. O assassinato era profundo. E a morte não era o que pensávamos.

Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter! Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.

Só às vezes piso com os dois pés na terra do presente, em geral um pé resvala para o passado, outro pé resvala para o futuro E fico sem nada

O que eu sinto eu não ajo. O que ajo não penso. O que penso não sinto. Do que sei sou ignorante. Do que sinto não ignoro. Não me entendo e ajo como se entendesse.

Sempre fui uma tímida muito ousada.

Talvez eu tenha que chamar de mundo esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho da minha natureza?

É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa.

É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é.

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente.

E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor?